quarta-feira, 4 de junho de 2014

O MASSACRE NA PRAÇA DA PAZ CELESTIAL

Ter o privilegio de viver, e lembrar, como se fosse hoje, o dia 3 de Junho de 1989 , é o que me vem á cabeça por ocasião da passagem de vinte e cinco anos do massacre promovido pelo partido comunista chinês na praça ironicamente chamada de Praça da Paz Celestial , ou Tiananmen, em mandarim.. Na década de oitenta, um movimento tímido do partido com relação a uma liberalização da economia, suscitou entre os jovens um apelo por maior democratização do país. Isto gerou uma cascata de protestos , que se iniciou em Beijin, capital chinesa, e espalhou-se por mais 400 cidades do país. O estopim dos protestos foi a morte de HU Yaobang que havia sido afastado do cargo por ter posturas não alinhadas com o partido, enquanto defendia maior abertura e reformas politicas. A resistência dos jovensfoi heróica.Durante sete semanas mais de 100.000 estudantes acamparam na praça , ameaçando inclusive iniciar greve de fome. Ao final do período e apos tentativa de negociação frustada, o partido comunista chines decreta lei marcial e ordena uso da força para dispersar os manifestantes. Naõ se sabe ao certo o total de mortes, estima-se em 3000 jovens mortos pelos tanques do exercito que avançavam impiedosamente sobre eles. A estátua da democracia que havia sido eregida pelos manifestantes foi também derrubada pela força armada.
As novas geerções não se pronunciam sobre o episódio com medo da repressão e pelo desconhecimento do fato provocado pela força do partido.
Uma foto tornou-se ícone do movimento e reconhecida mundialmente como uma das mais significativas do século XX :a do rapaz solitário que se postou diante dos tanques enfrentando a força armada. Hoje, não se sabe o destino do jovem Wang Wellin, mas imagens testemunham sua coragem e heroísmo. O episódio, em tempo real, me fez escrever o poema:


Tiananmen, 1989

A morte serpenteou
sua cauda metálica
sob o sol humilhado de Tiananmen
( passarela escoadouro da liberdade abortada)

Nos pouso de Wang Wellin
o pássaro ferido da vida
estendeu seus braços-asas
e intimidou a morte armada

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