terça-feira, 11 de junho de 2013

Pequena cronica domingueira

O domingo, nove de junho de 2013, amanheceu com o rosto úmido, lágrimas alegres escorriam pela face do tempo, gotas da chuva, benfazeja, criadeira...
Adoro ver a cidade embalada pela sinfonia de inverno, a atmosfera sombria fazendo contraponto ao riso dos telhados molhados abrigando a ternura e o calor dos amantes.As portas das casas, sisudas, pedem que ninguém as abra, lá dentro tudo é morno e a meia-luz, por favor, não quebrem esta atmosfera de descuido cuidadoso!
Gosto de países de clima frio; apesar das silhuetas severas, ensimesmadas que cruzam as avenidas, todos parecem caminhar para o abrigo quente dos lares, sob o calor improvisado das lareiras, enfeitando a atmosfera intimista e convidando para ouvir o mestre B.B.KING com sua rouquidão e a da guitarra.
Na verdade, o clima de inverno nos conduz a procura da intimidade da casa e a faz o abrigo desejado. Quando o “sol de demência” (de que falava Bandeira) de novo explodir ,  tudo vai  conspirar contra a reflexão  e a intimidade. Os trópicos novamente incendiarão de calor os corpos desnudos que buscam a plenitude das águas para seu deleite. A partir daí  não existirá" pecado do lado de baixo do Equador !"...

2 comentários:

  1. Selma gostei da sua intimidade com o estado de espirito que a cidade vive,numa estação tão intimista para o ser humano, você extrai o ritmo da chuva criando uma individualidade para cada residência, ate podemos sentir que tipo de pessoa mora em cada habitat e ao mesmo tempo bloqueias qualquer observação. Você quer liberdade porque nós somos um templo sagrado aquecidos pela lareira do amor divino, o pecado existe acima do Equador aqui vivemos blues não de dor mais amor. parabéns. Zenóbio Araujo :. Recife 11/06/2013

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  2. Amigo Zenóbio,

    fiquei muito feliz com seu comentário pque vc mostra que entrou no clima da cronica intimidade/privacidade. obrigada e continuemos nossos chats através do blog!absss

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