Escrevo este pequeno texto , dando graças a Deus porque a tecnologia contemporânea nos garante a voz.Sem ela, não poderíamos nos colocar diante dos fatos e da vida cotidiana da cidade.
O título acima remete à condição dos escritores e estudiosos que militam na terra de grandes nomes conterrâneos como Mauro Mota, Manuel Bandeira, Gilberto Freyre, e tantos outros.
Deixei para falar de João Cabral no espaço a seguir.Acaba de ser realizado pela Prefeitura da cidade do Recife o festival A letra e a Voz que teve a feliz idéia de homenagear o autor de O Cão sem plumas.. Muito bem. Não faço segredo de meu desalento ,uma vez que, sendo estudiosa do poeta,com livro publicado sobre o mesmo e, diga-se de passagem, premiado pela Academia Pernambucana de Letras, não tive o meu nome lembrado para um pronunciamento sobre o homem João Cabral ao qual dediquei uma década de vida á pesquisa sobre sua figura humana e sua inserção na obra .Pois bem , na falta de estudiosos locais, foram buscar, em terras distantes do sul, um nome, para contribuir com os recifenses no conhecimento sobre a figura universalmente reconhecida do pernambucano João Cabral de Melo Neto. Carimba-se assim, mais uma vez, o Nordeste, como terra de cultura menor, sem valores dignos de representação , submetendo-nos a eterna condição de colonos culturais do sul do país.
Fica aqui o meu repudio a esta destinação de anonimato imposta por nós mesmos aos escritores pernambucanos!Lamentável......
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