Dia das mães
Pela poesia, faço minha homenagem àquelas que se reinventam cotidianamente, constroem e celebram o milagre da vida!
selma vasconcelos
Delicada como pássara
abrigas no ninho das entranhas
tênue vegetal enredado
em teu caule nutridor
Na profundeza
das usinas uterinas
fias o tecido repartido
nos porões da eternidade
Alheia
à fúria das marés
ao
caos oscilante do entardecer
à ameaça das noites
às
geleiras dos verões
arquitetas
a metamorfose
do musgo em barro transformado
instalas na nave primeva
novo passageiro das manhãs
vestidos da armadura rara
novo passageiro das manhãs
vestidos da armadura rara
pelo sangue tecida
atravessam
calmarias e tempestades
na viagem secreta até à luz
na viagem secreta até à luz
Antes do eclodir da Primavera
inscrevem nas grutas do coração
o definitivo pacto
da reinvenção da vida
Querida Selma, de agora em diante estou no seu pé. Seguindo o Blog. Abs.
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